Wednesday, March 19, 2014

Que se lixem as eleições?

O nosso Querido Líder terá dito em certa ocasião "que se lixem as eleições". Como é seu apanágio, e acredito que em resposta ao descalabro eleitoral que foram as últimas autárquicas, tem-se comprometido em praticar o seu contrário. De que outra forma se explicam as notícias da última semana (pelo menos) que transformam Portugal numa espécie de Paraíso na Terra? Vejam lá que até a Führerin já disse que está disposta a ajudar Portugal na saída do programa de "auxílio" (e com a duração do mesmo a estender-se para lá de 2035 não sei se um par de aspas chegam). Outra coisa não tem ela feito senão ajudar-nos, mas com estas ajudas todas acabamos invariavelmente a dizer "com amigas destas..."

Quanto ao vice-Correia de Massamá, continua o belo caniche amestrado que sempre lhe reconhecemos, sem uma ideia digna desse nome. Ou pelo menos uma que se possa chamar de sua. Se nos tempos de Salazar quem mandava era o Presidente do Conselho e o Presidente da República não passava de uma figura ornamental, agora vivemos os tempos contrários. Em ambos os casos os resultados são adoráveis. Nunca a desigualdade foi tão grande desde esses tempos (pesem as palavras do Primeiro-Fantoche de que tudo o que têm feito é para a reduzir) e nunca a esperança de um progenitor de que a sua descendência tenha uma vida melhor foi tão baixa, desde esses tempos. Valerá mesmo a pena fazerem comissões sobre natalidade dias antes de anunciarem a redução dos descontos com depesas de escolaridade e de saúde? Histórias de gente que morre amarrada aos teares só não vão ser repetidas porque os teares já fugiram todos para outra parte do Mundo!

A única coisa triste é que ainda há quem coma disto. Bom, isso e o facto de a oposição apenas se chamar tal por não ter nenhum ministro. Não sei porque há quem peça consensos. Que outra coisa têm sido os últimos, vá lá, trinta anos, senão um enorme consenso, em que uma mão limpa sempre a outra? 

Nota final: o do Jardim Gonçalves já prescreveu e o Oliveira e Costa já requereu a prescrição do dele. Ah! Mais igualdade era impossível.

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