Thursday, July 15, 2010

Vodafone, Fodavone; Telefónica, Telefódica! (Contém linguagem verdadeiramente badalhoca!)

Com o fim do Campeonato do Mundo de futebol regressa-se à normalidade. Com a nossa eliminação precoce já faz uns tempos que andamos entretidos com outros temas. Portagens, companhias de comunicação e futebol. Estranhamente, este ainda muito, muito pálido. Tão pálido como o tom de verde que se prepara este ano para as bandas de Alvalade.

A propósito das escolhas tácticas do Queiroz andei a rever uns videos de jogos entre Benfica e Sporting. Jogos destes são muito mais que um jogo de futebol. O Benfica-Sporting (e/ou vice-versa) é apenas e tão só o duelo mais apaixonante do futebol planetário (também não faço as coisas por menos), e não há 'café com leite e cestas de fruta' que provoquem o contrário. Ou será que há? A julgar pela amostra de pré-temporada (até ao momento!), parece que se vai tornar um daqueles dérbis em que um clube pequeno tenta fazer mossa num maior. E quem perde é o futebol português! De resto é triste ver um clube histórico ser, no sentido figurado, sodomizado por um clube de figurados gorilas, fornecedores de lacticínios e plantadores de pomares... Se no final da época tiver de escrever algo a elogiar o bom trabalho desenvolvido no clube com a melhor massa adepta portuguesa (ou, vá lá, a menos arruaceira), fá-lo-ei com muito gosto, mas para isso acontecer, muito terá de mudar!

Quanto às portagens já me exprimi num post anterior e pouco mais há a acrescentar do que, há hora a que escrevo, ainda decorrem as negociatas para saber em que moldes se vai assaltar o bolso esburacado dos portugueses.

Finalmente as companhias de comunicação! O insustentável da situação em Portugal, praticamente pode ser visto neste caso particular. Ao que parece, a PT e a espanhola Telefónica são donas, em partes iguais, da brasileira Vivo. Brasileira que opera no Brasil. Que é actualmente um dos principais actores na cena mundial. Com um mercado crescente e sedento na área das telecomunicações. Claro que em tempos de crise, a Tele-parceira fónica também ficou mais sedenta e vai de armar uma operação telefódica. Ora o Governo, num acto de aparente sanidade, deciciu fazer uso de uma ferramenta, muito contestada por quem anda de dentes afiadinhos, para vetar esta real Foda. Para a oposição (e para o tele-parceiro) tal acto é inadmissível. Para os 'investidores', figuras nebulosas e indefinidas, entre os quais desconfio que alguns tanto o são da PT como da Telefódica, também. E para alguns políticos, chamemos-lhes genericamente "Miguel de Vasconcelos" foi a hora de ir apaparicar o prato que lhe dá de comer. Croissants, provavelmente!

Na verdade, os resultados da exploração da Vivo pela PT, dificilmente entrarão nos bolsos do comum dos portugueses, mas a verdade é que a manutenção daquela posição, por uma empresa que ainda faz entrar 'algum' nos cofres do estado, permite evitar que ainda se tire mais dos bolsos dos Portugueses! A verdade é que quem mais se insurge contra a posição do Governo são os equivalentes do século XXI aos que nas Cortes de Tomar, em 1581, aclamaram Filipe II (de Espanha). A memória portuguesa pode ser (e é) curta, mas a prova mais acabada do falhanço de tudo quanto se tem feito em políitica de educação, está patente neste caso: não sendo necessárias padeiras, é importante que não se confunda Miguel de Vasconcelos com Egas Moniz. O primeiro era um investidor da Telefódica, o segundo um homem de príncipios, como há muito anda arredado do "jardim à beira mar plantado"...

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